O processo de envelhecimento é acompanhado do aumento da probabilidade de queda nos Idosos. A ocorrência de uma queda pode ser um alerta para a existência de problemas de saúde que precisam de atenção. A possível perda de capacidades funcionais após uma queda é o que mais assusta Idosos, Familiares e Cuidadores.
5 formas de Prevenir as Quedas do Idoso
A queda de um Idoso pode provocar fraturas, hematomas, entorses, contusões e levar mesmo à sua imobilização. Por vezes é necessária uma hospitalização seguida de cuidados de reabilitação. De forma a prevenir que o acidente se repita no futuro, saiba quais são as principais ações a tomar:
1 - Promoção de uma rotina saudável
Ter um estilo de vida ativo é um dos fatores que mais influencia a prevenção de quedas. A prática de exercício físico ajuda na manutenção da massa muscular, na oxigenação do sangue, na flexibilidade e no equilíbrio.
- Um regime alimentar variado que contenha os nutrientes essenciais contribui para o fortalecimento dos ossos e músculos;
- A ingestão de água evita fenómenos de desidratação, muitas vezes associados a tonturas, astenia e hipotensão;
- Uma rotina de refeições consistente é importante para que o Idoso não passe muito tempo sem ingerir água ou alimentos.
2 - Check-up médico
Os familiares e/ou Cuidadores devem manter-se vigilantes e sensíveis aos sinais de debilidade manifestados pelo Idoso no seu dia-a-dia. A queda de um Idoso pode ser um alerta em relação à sua saúde e cabe aos familiares incentivarem a sua visita a um profissional.
- Serão analisados possíveis estados de fraqueza por desidratação, anemia ou infeções urinárias, poderá ser necessário um check-up à visão e audição, assim como despiste de determinadas doenças.
- Igualmente importante é a avaliação do sistema cardiovascular e do aparelho musculoesquelético. A doença cardiovascular, a osteoporose e artrite podem aumentar o risco de queda do Idoso e tornar mais graves os efeitos desta queda, tendo um impacto direto na recuperação.
No que diz respeito à saúde mental, devem ser avaliadas as capacidades cognitivas e o estado psicológico do Idoso. A correta capacidade de marcha é o resultado de uma conjugação de vários fatores cognitivos. Caso as funções de perceção espacial, atenção, tomada de decisão e memória estejam afetadas, é maior a probabilidade de o Idoso perder o equilíbrio e cair.
3 - Revisão da medicação do idoso
O uso de certa medicação pode favorecer problemas de equilíbrio, diminuir a capacidade de reação e aumentar a probabilidade de quedas e acidentes. Por exemplo:
- o tratamento para a tensão arterial e o uso de certos diuréticos ou laxantes pode diminuir a capacidade de reação;
- a toma de ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos (muitas vezes prescritos para o tratamento ou gestão de doenças do foro neurológico) provoca efeitos como a sonolência, mudanças no estado de consciência, hipotensão e instabilidade do corpo.
É necessário que o médico reveja a prescrição dos medicamentos do Idoso regularmente e faça o reajuste das dosagens se necessário. Por vezes o Idoso não toma a medicação corretamente e compromete a ação e efeitos da mesma. Esta possibilidade deve ser sempre considerada e os Cuidadores e/ou familiares devem estar atentos.
4 - Avaliação de perigos em casa e ajudas de marcha
As condições de segurança em casa são fundamentais para evitar a queda do Idoso. O estado da iluminação, as condições do piso e existência de apoios em escadas, assim como a localização de determinados objetos, são fatores que influenciam a sua mobilidade.
Deve rever como o idoso vive o seu dia-a-dia, se a sua residência tem condições de acessibilidade, se os materiais que usa (bengalas, roupa e calçado) são adaptados e não estão danificados:
- caminhe pela habitação e remova tapetes e outros perigos no chão e crie uma área de passagem mais larga arrastando cadeirões, móveis e sofás;
- os auxiliares de marcha, como os andarilhos, as bengalas e as cadeiras de rodas devem ser verificados regularmente;
- a roupa e o calçado devem ajustar-se ao corpo do Idoso e não ser demasiado compridas, largas ou soltas;
- os sapatos devem ser confortáveis, de base larga e com sola antiderrapante.
5 - Suplementação de cálcio e vitamina D
A vitamina D tem um papel importante na absorção de cálcio e fósforo pelo organismo. 90% da sua obtenção vem da síntese cutânea, ou seja, dos processos químicos que ocorrem na pele com a exposição ao sol. Alguns estudos sugerem que a falta desta vitamina contribui para a perda de força muscular e o aumento da lentidão de movimentos. A fraqueza muscular dá origem a quedas e consequentes fraturas.
No Inverno e sempre que a exposição ao sol é insuficiente, a suplementação ajuda a repor os níveis de vitamina D, a melhorar a estabilidade corporal e o equilíbrio, reduzindo os riscos de queda no idoso. Fale com o médico assistente que avaliará o melhor tipo de suplementação para o seu caso.
Prevenir as Quedas é fundamental para preservar o bem-estar do Idoso durante mais tempo!
A forma como lida com a primeira queda é de uma importância tremenda! Deve sempre ter em conta que o Idoso que sofreu uma queda pode passar a ter medo que o evento se repita, limitando o seu bem-estar e atividades do dia-a-dia.
Este é um estado de ansiedade e medo que leva à perda de autonomia na execução de tarefas e consequente aumento da dependência dos Cuidadores. A falta de confiança em si próprio pode ainda originar uma diminuição das suas interações e atividades sociais, levando ao seu isolamento.
Ao conhecerem melhor as formas de prevenção, os Cuidadores podem criar condições mais seguras e adequadas à mobilidade do Idoso bem como estar atentos aos sinais de alerta. Confie nos Cuidadores da Culsen® e contacte-nos para proteger o seu familiar.